Leia se tiver estômago

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz ano novo o cacete!

"Feliz ano punk pra você, meus parabéns você está com HIV"

É que nessa época de festas em que a única coisa que presta é o feriado e a cidade vazia, ainda me surpreendo com a hipocrisia da pessoas ao desejarem boas festas para todos, mesmo que realmente não o queiram.
Além disso, a temporada de promessas para 2010 já começou, se alguma data mudasse alguma coisa no comportamento humano, se em 2009 anos não melhorou, de que mais um ano adiantaria?
Não comentarei das simpatias escrotas, não precisa.
Dois únicos fatos relevantes de 2010:
- Ano do centenário do time do povo, isso deve ser comemorado.
- Ano de eleição, os mesmos picaretas de sempre ganhando votos dos mesmos idiotas de sempre.

E nada mais.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Quando sozinho me apego ao caos

"Você não entende que o caos e a danação
Não podem em paz coexistir com a paixão"

É que nesses tempos caóticos de enchentes, tiroteios e sangue, onde todos temem pelo bem-estar e até pela própria vida, aceito o caos como um bom amigo, companheiro de boteco, confidente e a porra toda.
Enquanto não arrumo prazeres melhores, continuar assim é o melhor.
Aceite o caos urbano você também!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Outras vezes acordei de tênis

As vezes tenho medo
Quando fico sozinho no quarto comigo mesmo
Tenho medo de me jogar no chão
Quebrar um osso, uma costela perfurar o pulmão
As vezes eu sinto frio
Um aperto no peito, um gosto amargo, um vazio
Tenho frio de ficar solitário
Triste e divagando no frio deste armário
As vezes eu sei que não dá
Treme tudo por dentro e começo a tomar
Tento parar, mas não consigo
Aflito, olho pros lados procurando um amigo
As vezes eu tento seguir
Dar o próximo gole e parar de beber
Tento ir mais em frente
Morrer de uma vez, vai ser melhor pra gente
As vezes, as vezes, sou como tristeza pra se cantar
As vezes, as vezes, procuro a beleza em amar
Tenho medo, tenho frio, e tudo me parece escuridão
Tento parar, tento ir em frente e o escuro parece jargão

Faça parecer fácil (fácil)
O melhor mesmo é transpirar pelo cu
Faça parecer bonito (engraçado)
Mete um sorriso no rosto e segura no peito
Tudo tem seu tempo, cadaumm tem seu mundo
O que dorme ao relento é o mais vagabundo...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Essa Garrafa de Pinga

Essa garrafa de pinga de minas
Está me chamando, ora veja
Me lembrando que na geladeira
não tem mais nenhuma cerveja

Eu gosto é da loira gelada
Mas essa branquinha me implora
Tomo umas sete doses
E já perco a noção das horas.

E acabo por ter medo dela,
Não que eu não queira tomar,
Mas acho que vou me foder
A hora em que ela acabar.


Será um Blues ou será só Etanol?

sábado, 5 de dezembro de 2009

O ódio no boteco

Sinta o ódio nas pegadas
A raiva nas tragadas
A ira que propaga essa mesa de bar
Essas pessoas estragadas
soluções desesperadas
Veja em meus olhos a vontade de matar

inacabado e ininteligível, assim como eu

27/11 - O dia que eu nunca irei me esquecer

Não pretendo contar minha história aqui, nem a de outros, só quero falar do show que me levou de volta para a infância. Me senti novamente uma criança quando aqueles idosos subiram no palco, ligaram guitarras, baixo, microfones e deram o show. Com direito a trem saindo do meio do palco. Com direito a animações que achei que fosse tudo um sonho. Com direito a Boneca Inflável Gigante batendo o pé durante a música. Com direito a sino falso que o Johnson se dependurou e ficou até a hora de cantar. Com direito a solo de mais de 10 minutos do meu guitarrista favorito. Com direito a canhões, a chuva, a sorriso bobo na cara durante mais de 2 horas.
Abrindo com Rock'n Roll Train, Fechando com Let There Be Rock, o Bis com Highway to Hell e For Those About Rock, tocando Dirty Deeds Done Dirty Cheap, T.N.T. e a porra toda, "Os Sinos do Inferno" soaram e me levaram para lá.
Foi o show da minha vida, foi a noite da minha vida, depois de tudo aquilo posso morrer feliz, pois tenho um motivo pra sorrir.
Na verdade, não foi um show, foi AC/DC.