Leia se tiver estômago

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Desabafo

"And nothing else matters"


Eu sou falho como amigo,
Falho como amante
Falho enquanto pensante.

Falho como filho,
Falho como tio,
Falho até mesmo em ser pueril.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Tick & Tack

Passam as horas


É tamanha solidão


Que me bate


Tick & Tack


Bate o relógio


E bate meu coração


Tick & tack


Me açoita a solidão!



E vão se os dias,


É tamanha angústia


Que me late


Tick & Tack


Late a voz rouca


E esmaga-me a mente


Tick & tack


Acordo de repente,



Com vontade de um cigarro!


O trem está indo


De encontro ao muro!


E eu estou sentado,


Tick & Tack


Mais que preocupado


Vou fumar o cigarro,


Tick & tack


Antes de frear!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Outra vez na estrada

Outra vez na estrada,
Não falha e não tarda.
Eu preciso de outra viagem,
Pra ver se tiro tua imagem
Da minha cabeça,
Antes que eu enlouqueça.

Outra vez na estrada,
pela madrugada.
A lua vista assim
provoca algo em mim
que me modifica:
Aumenta minha pica.

Outra vez na estrada,
Com rumo ao nada.
Não importa qual o destino,
Sendo simples ou grã-fino,
importante é o caminho
Eu sigo sozinho.

Outra vez a chegada,
Até logo, estrada.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mulher!





-Se vir por terra, armo pra te pegar!


______-Se vir pelo ar, te acerto com o meu charme!


____________-Se vir pelo mar, te aporto em meus braços!


__________________-Se não vir...


____________________________ ...EU TE BUSCO, no meu Porsche Panamera!!!

domingo, 13 de março de 2011

Obrigado, Bukowski

"You have to die a few times before you can really live."
(Charles Bukowski)



Eu sei que esse é o ultimo cigarro da noite
e tua foto, como açoite,
me diz que és feliz.

E eu, que sempre te quis.

Me pego aqui pensando em meu anseio por teu seio,
teu pentelho,
tua bunda rebolando.

A bebida já não faz nenhum efeito

Porque a minha cama roda,
minha bílis é da cor da moda
E o coma dessa vez não vai chegar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tiktak, o açoite do relógio!

Enfim acabou o vinho
E sem ele veio a solidão
Já fiz com minha mão
Mas meu quarto está vazio
Parece tão escuro agora
Fico suando na cama
Mas estou sozinho nela
E pra piorar a chuva cai lá fora
O bater do relógio me cansa
Parece agora segurar a noite
A cada tik-tak um açoite
Pra esquecer as lembranças
O sono não vem, eu imploro
Estou sozinho e sem álcool
Eu não sei nem o que faço
Aí, fecho os olhos e choro

Reuni meus motivos pra ser assim
Jurei que nunca ia mentir pra mim
Fiz coisas que nem a culpa tem coragem...
Que agora sozinho, me vem à imagem!

Estou preso dentro de casa,
Amarrado a uma fadiga
Meu sono parece ter assas
E a alegria parece inimiga
Já não estou mais sozinho
Pois agora tenho a vergonha
Preso em meus espinhos
Só me resta mais uma...
Já que acabou o álcool
E quase toda a minha sorte
De solidão estou farto
A ponto de preferir a morte
E não sei mais o que sinto
Deve ser tristeza cotidiana
Ou só mais um lamento
D’outrem que se engana.