Leia se tiver estômago

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Pá de cal

"Toda flor que nasce
Nasce sem nome sem nada
Sem título algum
Nasce desemparada"

Entra na minha vida de zoeira.
Faz-me acreditar que posso.
Encanta-me com tua maneira.
Torna o que era meu, nosso.

Mostra-me que posso ser leve
E que não preciso estar armado.
Faz meu querer, ainda breve,
Ser, em minutos, despedaçado.

Sei que era só o princípio,
Que tudo tem um fim
Mesmo querendo que não.

Agora voltei a ser ímpio,
Pena que acabou assim.
Joga uma pá de cal no meu coração.