Leia se tiver estômago

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pseudo-depressiografia/RATO

Pudera eu versar como ninguém
Ou como disse meu amigo: CAMÕES!
Mas em minhas lucubrações
Tenho que prezar mais por meus jargões!

Quisera eu cantar como Ozzy
Como Coverdale ou Bon Scott
Mas eu tenho a minha voz
E tenho que ser esse bosta!

Minha mente me impede
De ser um cara normal.
Me ofereceram um papel,
mas ainda não sei qual!

Sempre tem um parceiro
Querendo me pagar bebida.
E eu sempre aceito pois:
“É minha signa”

Queria morrer entorpecido,
Passar anos em coma
Mas a sorte é minha
Mais ano, nessa porra!

Queria falar de grana e álcool
Como meu amigo dos versos abaixo
Mas acabo sempre no palco
Vestido de palhaço

Tivera eu coragem pro suicídio
Rápido e indolor
Sem nenhum sentimento
Sem luz, sem cor e Blábla!

Foi então que? Cadê meu amigo?
Morreu de tédio...
Não é difícil!
Jogou-se do prédio!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pseudo-autobiografia

Pudera eu versar como Álvares,
como Augusto ou como Camões
Mas em meus poemas podres
tenho que prezar por meus culhões

Quisera eu tocar meu blues
como Waters ou como Son House
Mas carrego a minha cruz
de ser um "Hurricane 2000".

Minha crítica me impede
De ser um cara normal.
Me ofereceram o mocinho,
mas eu prefiro ser o mal.

Sempre tem um idiota
tentando angariar simpatia.
Eu publico em minha nota:
"vocês são a minha agonia".

Queria esticar minhas linhas,
Queria alongar a carreira,
Mas acabo sempre abatido
Pela decepção mais certeira

Eu queria falar de putaria
como “a banda das Velhas Virgens”,
Mas atravanco minha alegria
Com as minhas piores vertigens

Tivera eu sorte na vida,
a sorte de todo mocinho
De estar com a minha querida
e trilhar o mesmo caminho.

Foi então que me disse um amigo,
pouco antes de amanhecer:
"Acostume com a dor, meu querido,
pois ela vai permanecer".