Leia se tiver estômago

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Sobre o autoengano

Ah, que saudades que tenho
De quem um dia eu amei
Mesmo eu hoje sabendo
Que nunca houve, inventei

Sinto falta da companhia
Que nunca existiu de fato
Recordo daquelas manias
E de como me custava o hiato

Mas o que sempre me mata
É lembrar daquele sorriso
E da alcunha de divindade

Pois sei que sonhar não me basta
E, bem, pra ser mais preciso
Ela nunca foi de verdade