Leia se tiver estômago

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tiktak, o açoite do relógio!

Enfim acabou o vinho
E sem ele veio a solidão
Já fiz com minha mão
Mas meu quarto está vazio
Parece tão escuro agora
Fico suando na cama
Mas estou sozinho nela
E pra piorar a chuva cai lá fora
O bater do relógio me cansa
Parece agora segurar a noite
A cada tik-tak um açoite
Pra esquecer as lembranças
O sono não vem, eu imploro
Estou sozinho e sem álcool
Eu não sei nem o que faço
Aí, fecho os olhos e choro

Reuni meus motivos pra ser assim
Jurei que nunca ia mentir pra mim
Fiz coisas que nem a culpa tem coragem...
Que agora sozinho, me vem à imagem!

Estou preso dentro de casa,
Amarrado a uma fadiga
Meu sono parece ter assas
E a alegria parece inimiga
Já não estou mais sozinho
Pois agora tenho a vergonha
Preso em meus espinhos
Só me resta mais uma...
Já que acabou o álcool
E quase toda a minha sorte
De solidão estou farto
A ponto de preferir a morte
E não sei mais o que sinto
Deve ser tristeza cotidiana
Ou só mais um lamento
D’outrem que se engana.