Leia se tiver estômago

sábado, 3 de janeiro de 2015

Cárcere D'alma

Onde o cárcere é o corpo
A morte é como uma flor
Hipnotizante tuas cores
Encantada com seu odor
Uma faca na mão pra trás
E espera com amor

Onde a alma está aos berros
O suicídio é seu senhor
Com serenidade de justos
E as vozes que dão pavor
Um beijo doce de láudano
Pra encerrar a dor

A noite implorando o dia
E a cabeça neste fragor
No copo não há veneno
Nem tão perto para se por
Mas pode afiar a faca
E debelar onde for

Ela aponta a normalidade
A quem desconhece o sabor
Quem o normal não encaixa
E só consegue se opor
Triste e cruel fatalidade
O outro ser melhor!

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